É possível salvar a vida de alguém que está morto?

Cartas para o Invisível

Mochila quase vazia, passagem comprada e um longo itinerário pela frente. Os planos levariam Esdras de sua cidade até um destino marítimo, mas uma notícia inesperada o encaminha para uma missão que pode mudar seu futuro.

Entre culpas tardias e lembranças perdidas, Esdras é desafiado a dedicar-se a entregar as cartas de despedida de Lélio, um remoto amigo de infância, sem se preocupar em entender o que faz. Buscando por destinatários desconhecidos e sem ter para quem ou para onde voltar, ele terá a oportunidade de compreender que estar à margem do mundo é uma consequência e não uma escolha.

De Tom Jobim a Billy Joel, a música se faz elemento importante nas andanças do protagonista, instigando o leitor a buscar pelas canções enquanto o acompanha nessa aventura.

Cartas para o invisível aborda a representatividade e debate questões importantes, mas que ainda são consideradas tabus. Enquanto pessoa LGBTQIAP+, que já passou pelos percalços da depressão, o autor Lincoln Aramaiko nos convida a refletir, com delicadeza e doçura, sobre os transtornos da mente e como eles afetam as relações humanas, partindo de temas sensíveis como depressão e suicídio.  


  • Gênero: Romance
  • Páginas: 320
  • Formato: 16x23
  • Ano de lançamento: 2022
  • Preço: R$ 59,90
  • Preço do ebook: R$ 39,90
  • ISBN: 978-65-88490-46-4

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  • A sociedade do consumo, o império da moda, a estética da reparação e da perfeição estimulam a tese tenebrosa de que somos todos iguais, ou que, pelo menos, devemos ser iguais. Mesmo os movimentos sociais que lutam contra a discriminação, o preconceito e o ódio não conseguem apagar o pesadelo de que a dissonância e a diferença, no fundo, são um sinal de anormalidade. São uma doença.

    A literatura é hoje um dos mais fortes redutos de resistência contra essa ideia sombria, que estimula a padronização e a cópia. Camuflado entre elas, esconde-se sempre o medo. Relatos corajosos, como Cartas para o invisível, nos restituem a esperança de que, sob o monótono reinado da repetição, fervilham as diferenças e as divergências que, afinal, fazem de nós humanos.

    O respeito pelas diferenças nos leva a aceitar, ainda, os limites do pensamento. Esdras, o protagonista do romance, dedica-se a entregar as cartas de despedida de Lélio, um remoto amigo de infância, sem se preocupar em entender o que faz. Age movido por sentimentos frágeis, mas belos, como a fraternidade e a solidariedade. Oferece-se como um anjo mediador que, mesmo entre as trevas de um mundo adverso, abre as asas para acolher o incompreensível.

    Cartas para o invisível.

    José Castello

    Crítico literário





Foto do Autor Lincoln Aramaiko

Lincoln Aramaiko

Autor

Lincoln Aramaiko nasceu no sul da Bahia, mas foi subindo a costa até fixar residência em Salvador. A “mudança” tornou-se um hábito que levou até para a vida profissional, tentou ou se formou em quase tudo: analista de sistemas, designer gráfico, editor audiovisual, bacharel em Saúde e hoje, finalmente, futuro médico. Aliás... hoje, finalmente, escritor! Se bem que escrever foi a grande constante da sua vida, desde a adolescência ou desde que teve a audácia de questionar Eça de Queiroz ao reescrever o fatídico destino de Amélia em O Crime do (maldito) Padre Amaro. Agora, como fazia Jorge Amado, ele já pode se meter na vida dos seus próprios personagens. Coitados.

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