É possível salvar a vida de alguém que está morto?
Mochila quase vazia, passagem comprada e um longo itinerário pela frente. Os planos levariam Esdras de sua cidade até um destino marítimo, mas uma notícia inesperada o encaminha para uma missão que pode mudar seu futuro.
Entre culpas tardias e lembranças perdidas, Esdras é desafiado a dedicar-se a entregar as cartas de despedida de Lélio, um remoto amigo de infância, sem se preocupar em entender o que faz. Buscando por destinatários desconhecidos e sem ter para quem ou para onde voltar, ele terá a oportunidade de compreender que estar à margem do mundo é uma consequência e não uma escolha.
De Tom Jobim a Billy Joel, a música se faz elemento importante nas andanças do protagonista, instigando o leitor a buscar pelas canções enquanto o acompanha nessa aventura.
Cartas para o invisível aborda a representatividade e debate questões importantes, mas que ainda são consideradas tabus. Enquanto pessoa LGBTQIAP+, que já passou pelos percalços da depressão, o autor Lincoln Aramaiko nos convida a refletir, com delicadeza e doçura, sobre os transtornos da mente e como eles afetam as relações humanas, partindo de temas sensíveis como depressão e suicídio.
Autor
Lincoln Aramaiko nasceu no sul da Bahia, mas foi subindo a costa até fixar residência em Salvador. A “mudança” tornou-se um hábito que levou até para a vida profissional, tentou ou se formou em quase tudo: analista de sistemas, designer gráfico, editor audiovisual, bacharel em Saúde e hoje, finalmente, futuro médico. Aliás... hoje, finalmente, escritor! Se bem que escrever foi a grande constante da sua vida, desde a adolescência ou desde que teve a audácia de questionar Eça de Queiroz ao reescrever o fatídico destino de Amélia em O Crime do (maldito) Padre Amaro. Agora, como fazia Jorge Amado, ele já pode se meter na vida dos seus próprios personagens. Coitados.